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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Perto do fim?

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Manter Roger Schmidt a treinar o SL Benfica saiu muito mais caro do que pagar a indemnização e mandar o treinador embora. Aquilo a que assistimos hoje vai facilmente direto para a lista das maiores vergonhas da época. E, infelizmente, a lista não é pequena.

A queda da Liga Europa começou logo quando, na Luz, o Benfica não aproveitou as oportunidades que criou e ainda permitiu ao Marselha reduzir para 2-1. A arte de tanto complicar e prejudicar-se a si próprio tem sido uma constante esta época. Assim como a de dar vida a equipas que, com todo o respeito, não são propriamente adversários de máxima qualidade. 

Esta noite, em França, praticamente afastado do 1.º lugar do campeonato nacional, o Benfica deveria ter apostado todas as fichas na Liga Europa. Porém, não o fez, optando por jogar apenas para o empate. E quem joga para o empate está sempre mais perto de perder. Voltaram a dar vida ao adversário e pagaram caro a fatura. Culpa de todos, claro, mas é impossível não destacar Roger Schmidt.

Comecemos pelo onze escolhido. Simplesmente mais do mesmo, com jogadores que poucas ou nenhumas garantias foram dando nos últimos tempos. Hoje muitos desses voltaram a passar ao lado do jogo, mas Schmidt voltou a demorar demasiado tempo a percebê-lo. Falo, por exemplo, de Rafa, Di María, Tengstedt…Como é que é possível jogadores que no passado Domingo deram bons sinais (Carreras, Rollheiser, Kokçu) terem sido premiados com o regresso ao banco de suplentes? Como é que se prefere jogar com jogadores adaptados e outros longe da sua melhor forma ao invés de se apostar naqueles que foram mostrando um crescimento nos poucos minutos que tiveram?

Nem depois de uma primeira parte cheia de nada (sem ideias, sem dinâmicas, sem critério, sem ambição de vencer) Schmidt tirou as mãos dos bolsos para mudar o rumo da situação. A necessidade de mexidas na equipa era óbvia e urgente, mas o treinador do Benfica, que já nos tinha mostrado que esse é um dos seus pontos fracos, voltou a mexer tarde e só o fez por três ocasiões. Como se os que estivessem em campo justificassem a sua permanência. E por falar em atitudes que justificam a permanência de alguém num determinado lugar…O que é que ainda justifica a permanência de Roger Schmidt como treinador do Sport Lisboa e Benfica? Absolutamente nada. Nem mesmo o valor da indemnização. Aquilo que foi fazendo ao longo da presente época trouxe um prejuízo muito superior e deve deixar-nos a todos envergonhados. Sobretudo ao próprio, à sua equipa técnica, aos seus jogadores e ao seu presidente, Rui Costa. Aquele que outrora prontamente ofereceu uma renovação de contrato a um treinador que ainda não tinha ganho nada ao serviço do clube agora tarda em resolver o problema…

Resumidamente, os milhões de euros gastos esta época valeram uma supertaça e uma série de jogos com pouquíssima qualidade. Apostou-se em muita coisa, menos em jogar bom futebol. Que este tamanho desastre sirva de exemplo de tudo aquilo que não se deverá fazer na próxima temporada. Foco na próxima porque esta já deu o que tinha a dar. E, por favor, sem o senhor Schmidt no comando da equipa e com menos vedetismo em campo.

P.S.: um forte abraço a todos aqueles que mais uma vez se deslocaram até Marselha para apoiar o SL Benfica. Não mereciam ter visto isto. 

domingo, 14 de abril de 2024

SL Benfica 3-0 Moreirense FC: lançados para revolucionar mostram que também sabem vencer

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Há uns dias comentei no X que o Carreras e o Rollheiser tinham mais minutos a aquecer do que a jogar. Mas esse comentário envelheceu rápido (e ainda bem) porque hoje Roger Schmidt deu a titularidade ao defesa esquerda e ao intervalo lançou o argentino. E os dois mostraram que tanto aquecimento acabou por dar frutos. 

Mas estas não foram as únicas novidades nas escolhas do treinador alemão para o encontro com o Moreirense na Luz. Em mês de celebração da revolução dos cravos, Schmidt revolucionou também o onze do Benfica e o que se viu foi a chamada “segunda linha” a deixar sinais muitos positivos. É certo que houve distrações aqui e ali, alguns erros e uma certa intranquilidade, sobretudo no início do jogo, que levaram a pequenos sofrimentos desnecessários. Mas de um modo geral o Benfica fez um bom jogo, assumindo o controlo do mesmo desde cedo e sem nunca o perder. 

Das apostas de hoje praticamente todos são merecedores de destaque. Na defesa, Tomás Araújo mostrou-se muito seguro e, apesar de ter jogado apenas 45 minutos, ainda teve tempo de ir lá a frente fazer o seu primeiro golo na equipa principal do Benfica. O miúdo está pronto para assumir. Também Carreras somou boas ações defensivas e ofensivas, combinou muito bem com Tiago Gouveia (que belo jogo do camisola 47!) e provou ser merecedor de mais minutos porque só assim será capaz de evoluir. Ainda neste ponto importa falar de Kokçu e Rollheiser. O primeiro, depois do desentendimento com Schmidt, jogou na sua posição preferida e deu uma belíssima resposta em campo, assumindo da melhor maneira o comando da equipa. Já o argentino, chamado a entrar ao intervalo, encaixou bem na equipa, foi criando perigo e já perto do minuto 80 fez um golo com nota artística. Boa apresentação de Rollheiser. 

Alguns destes jogadores fazem-me perguntar: “por que é que não tiveram mais minutos ao longo da época?”. Frequentemente disse por aqui, assim como tantos outros benfiquistas foram comentando noutras redes, que Schmidt tinha à sua disposição um plantel que lhe permitia mexer sem perder a qualidade dentro de campo. Porém, o técnico mostrou-se sempre reticente nesta questão e acabou por apostar quase sempre nos mesmos homens, acabando por levá-los a um cansaço desnecessário e que hoje é bem visível quando jogam. Desperdiçou-se muito talento e este jogo foi a prova disso.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

SL Benfica 2-1 Olympique de Marseille: o típico “depois resolvo”

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Voltámos aos jogos em que é bem melhor o resultado do que a exibição. O SL Benfica parte em vantagem para a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa depois de vencer o Marselha por 2-1 no Estádio da Luz numa noite que Roger Schmidt voltou a ser protagonista.

A equipa da casa esteve a maior parte do tempo por cima do adversário, foi controlando o jogo e com relativa calma fez dois golos antes da hora de jogo. E acredito que se pudesse ter chegado ao 3-0 se não fosse a teimosia e resistência do treinador às mexidas. Infelizmente vamos sempre bater no mesmo ponto. Mais uma vez, a partir dos 60/65 minutos notou-se um claro cansaço em alguns jogadores, nomeadamente Di María e Rafa, mas Schmidt voltou a sobrecarrega-los com mais 90 minutos nas pernas…Basta ver meia dúzia de jogos do Benfica para facilmente saber o que é que vai acontecer: quando se muda, quem se muda…é sempre tão previsível. E por isso pouco ou não surpreendeu quando optou por tirar Neres e Tengstedt para lançar João Mário e Marcos Leonardo, as únicas mexidas no Benfica.

Aumentou o cansaço, a equipa continuou a cair, precisava de soluções, mas do banco não saiu nenhuma ajuda. Schmidt permaneceu de mãos nos bolsos a assistir ao encontro como se estivesse tudo bem. O treinador do Benfica tinha ainda três substituições para fazer, tinha motivos para as fazer, porém deixou-se vencer pela resistência à mudança. A sua postura foi inadmissível. Não só hoje, mas sim ao longo da temporada, Schmidt tem-se revelado mais um inimigo do que um aliado do Benfica.

Hoje, mais uma vez, valeu pela vitória.

P.S.: Parabéns e obrigada, Sport Lisboa e Benfica pela bonita homenagem ao mister Eriksson em pleno relvado do Estádio da Luz.




SL Benfica - Marselha

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